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CAMELO NASCEU
EM CASA, HOJE
É TRAVESSIA.

Nascida em uma pequena casa no Santa Efigênia em Belo Horizonte, nos 22 de outubro de 2011, a Camelo deu seus primeiros passos se reconhecendo como um ateliê coletivo de um grupo de artistas interessado em experimentar as situações e encontros que cabiam e transbordavam as paredes da casa. Muita gente querida foi se aconchegando e nos ajudando a dar movimento às ideias plantadas entre cafés e paiêros na mesinha da varanda. Movimento era a palavra-desejo que nos fazia brilhar os olhos para as frestas que abríamos entre os espaços de arte da cidade. Feito água que vai se infiltrando nas fendas da cerâmica quebrada, a cada passo aumentávamos o fluxo e abríamos um pouquinho mais as rachaduras também nossas.

Havia na porta da casa um filtro de barro coroado por uma Espada de São Jorge, nossa guia e proteção. Tornou-se um dos símbolos mais representativos da Camelo, tomando um lugar de destaque na identidade visual do I Festival Camelo de Arte Contemporânea. A espada, que também se alimentava dos movimentos da Casa, cresceu linda e muito forte, até o tempo em que abriu também ela rachaduras no filtro e se rompeu. Era 2016, ano em que pudemos perceber que Camelo já não era mais casa, mas sim travessia. Que era mesmo daquele bicho o desejo pelos atravessamentos, do caminhar constante e coletivo que trazia em si a potência da transformação.

Nessa estrada que se compõe na morada dos pés, passeamos pelas vias dos ateliês, das escritas, da pesquisa em volta à universidade. Levamos de lá da casinha para outros espaços a experiência de gestão e produção de projetos, ajudamos a pensar e dar forma a um bocado de exposições na cidade, realizamos cursos, oficinas e seminários sempre lembrando o gosto de dar corpo às ideias entre as prosas no fim de tarde na varanda de casa.

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Projeto nº 0430/2020

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